#13 - Não adianta fugir das emoções.
É melhor você aprender a lidar com suas emoções intensas do que fugir delas. Afinal, elas vão aonde você for.
É difícil lidar com emoções intensas, mas você já sabe disso.
Então, você pode estar indo por um dos dois caminhos mais típicos:
tentar esconder, segurar, controlar, conter suas emoções
tentar substituir pelo que você acha que é uma emoção melhor
As duas coisas não dão certo.
E aqui está você, lendo mais um conteúdo sobre como lidar com as emoções.
E talvez esteja usando esse texto exatamente para o que você não deveria fazer: fugir das suas emoções.
Regulação emocional é processo psicológico e neurobiológico que modula a experiência e a expressão das emoções a fim de atingir objetivos adaptativos em contextos específicos.
Tá, não é um conceito tão simples. Por isso, criei a newsletter Regula e envio semanalmente textos para te ajudar a entender (e melhorar) sua regulação emocional.
As emoções
Emoções são respostas fisiológicas a eventos internos e externos percebidos pelo indivíduo.
Elas representam uma mudança de estado geral do organismo. Portanto, uma emoção não é algo da sua cabeça, mas algo do seu pé, das suas pernas, do seu coração, do seu intestino, do seu cérebro…
Por isso, quando temos uma emoção, todo nosso corpo está agindo, ao mesmo tempo, em menor ou maior grau.
Tuas pernas começam a mexer, teu intestino prende ou solta de vez, tua respiração acelera (ou fica lenta), teu coração acelera e até os dedinhos dos pés podem começar a mexer.
Todo o corpo se adapta àquele estado que chamamos de medo, tristeza, ansiedade, vergonha, raiva etc.
E essa reação emocional é inevitável.
Publiquei um vídeo sobre esse assunto para te ajudar.
Vai lá, se inscreve no meu canal e curte o vídeo (custa alguns segundos para você, mas me motiva muito a continuar) 💡
1. O desconforto
Quando você sente uma emoção, o primeiro passo é aceitar o desconforto.
A emoção é uma mudança de estado. Por isso, você sente uma diferença em relação a como você estava se sentindo antes.
Essa mudança pode te trazer um desconforto. Afinal, algo mudou no seu corpo.
Como você ainda não tem uma explicação, você pode saltar logo para “eu não quero sentir isso”.
E aí, você começa uma luta contra a emoção que está sentindo, o que só dificulta ainda mais seu processo de regulação emocional.
2. O que isso te leva a fazer?
O próximo passo é você se perguntar o que essa emoção te leva a fazer. É importante notar qual a sua tendência de resposta para essa emoção:
evitar a situação
ir embora
ficar com cara fechada
agir impulsivamente
ser agressivo
chorar
Pode ser que você já tenha até começado a agir em resposta à emoção.
Quando você parar e se perguntar “o que essa emoção me leva a fazer”, talvez você já esteja fazendo.
3. O que essa emoção comunica para os outros?
O próximo passo é você identificar o que essa emoção está comunicando para os outros. Afinal, as emoções também envolvem reações externas (no rosto, no corpo, nas palavras que você usa etc).
Isso que você comunica para os outros mesmo sem querer precisa estar claro para você.
Assim, você vai conseguir notar o que é sua reação típica a cada emoção:
quando está com raiva, você…
quando está ansioso, você…
quando está triste, você…
4. O que essa emoção comunica para você?
E você também precisa identificar o que essa emoção comunica sobre as suas necessidades.
Você já identificou que algo mudou.
Identificou que está desconfortável.
Identificou que está comunicando algo para os outros.
O próximo passo é identificar qual necessidade pessoal não está sendo atendida nessa situação.
Às vezes, sua reação emocional indica que você precisa de
segurança (física ou emocional)
reconhecimento (ou um elogio)
descanso (ou ajuda para alguma tarefa)
alguma atividade diferente
orientação (ou ajuda para resolver um problema)
Com isso, você aprende a fazer a relação entre a emoção e a sua necessidade pessoal.
5. Comunicar o que você precisa
não o que a outra pessoa…
Nesse momento, você já sabe do que você precisa (segurança, reconhecimento, descanso etc).
Então, chega a hora de dar o passo mais importante: comunicar com clareza (e respeito)!
Tem duas formas de se comunicar com alta probabilidade de funcionar bem.
Você pode usar essa estrutura (emoção + necessidade) tanto para ter clareza pessoal quanto para se comunicar com outra pessoa.
5.1 Comunicar no momento presente
A primeira forma (e mais curta):
Eu estou (me) sentindo ______________ e eu preciso que _______________.
Estou me sentindo ansioso e preciso de um tempo para respirar lá fora.
Você pode dizer “ah, falar é fácil”
Mas, não. Falar não é fácil.
Acho que falar é a parte mais difícil, mas você consegue… Às vezes, é mais simples do que parece. É só seguir esta estrutura:
Use essa estrutura para falar de situações atuais, do que está acontecendo no momento presente (agora).
Para falar de como você se sentiu em situações que já passaram, a próxima estrutura é mais útil.
5.2 Comunicar depois que aconteceu
Às vezes, você sente alguma emoção mais intensa e lida da forma que consegue naquele momento.
Algumas horas depois (ou mesmo alguns dias depois), você começa a perceber que alguma necessidade pessoal não foi atendida e você quer que seja diferente na próxima vez.
Utilize o seguinte formato.
Descreva o que aconteceu.
Expresse como se sentiu.
Peça algo que atenda sua necessidade.
Demonstre como isso pode ajudar na relação.
Imagine uma situação em que você ficou triste porque a pessoa com quem você mora não te perguntou como foi seu dia, algo que você valoriza.
Descreva: Ontem, quando cheguei em casa e a gente não conversou sobre o meu dia.
Expresse: Quando isso aconteceu, eu me senti triste.
Faça um pedido: Eu gostaria que, quando eu chegasse, você me perguntasse como foi meu dia.
Reforce os benefícios: Acho que isso faria eu me sentir mais próximo de você e ajudaria a gente a se conectar melhor.
💡Salva este texto para lembrar de como aplicar no dia a dia.
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Valter Machado
📍-27.597, -48.523
🧉Escrevi este texto ouvindo “Glass”, de Hania Rani.
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